Como já acontece em Portugal relativamente à infeção do HIV e da hepatite, Marta Temido – Ministra da Saúde – anunciou que será possível realizar a testagem rápida para a covid-19, tanto numa unidade de saúde, farmácia ou até mesmo em casa, sem prescrição médica.
Especialistas concordam que esta poderá ser uma decisão fundamental para o controlo da pandemia pois consideram fundamental testar mais do que os contactos de alto risco identificando, assim, pessoas com cargas virais altas – sintomáticos e assintomáticos – que poderão infectar outras.
“Testar, testar, testar”
Especialistas, governantes e responsáveis por diferentes entidades consideram que é preciso antecipar os efeitos do vírus e quebrar as cadeias de transmissão. Para tal, dizem ser fundamental testar muito e rápido para que as decisões acompanhem o mesmo ritmo. Os testes rápidos garantem um resultado rápido, fácil e fiável, através da saliva ou de uma pequena amostra de sangue. Até agora, estes testes teriam que ser feitos com a supervisão de um profissional de saúde. De acordo com as novas medidas, qualquer um poderá fazê-lo em casa, como se de um teste de gravidez ou de HIV se tratasse.
Diferentes estudos publicados desde o início da pandemia demonstram a elevada sensibilidade e especificidade dos testes rapidos. Este método rápido e barato permite detectar cargas virais mais elevadas, ou seja, as mais infecciosas, tornando-se assim o maior aliado no combate à propagação do vírus.